O Clarinete é um instrumento de sopro do naipe das madeiras da orquestra, que é constituído por uma boquilha, com uma palheta simples, um tubo cónico aberto na campânula e um sistema de chaves.
O clarinete é capaz de produzir sons em vários registos: grave, médio e agudo. O clarinete descende do chalumeau, instrumento bastante popular em França desde pelo menos a Idade Média. Em 1690, Johann Christoph Denner, charamelista alemão, acrescentou à sua charamela uma chave para o polegar da mão esquerda, para que assim pudesse tocar numa abertura, o que lhe trouxe mais possibilidades sonoras. Surgiu, assim, o clarinete contemporâneo, que foi mais tarde, em 1750, introduzido na formação de orquestra.
No século XIX, durante o Romantismo, o clarinete atinge a popularidade máxima, e vários compositores como Carl Maria von Weber, Johannes Brahms, Shubert e Shumman dedicam-lhe diversas e excelentes obras. A família do clarinete, para além do modelo base – o soprano em Sib – inclui muitos instrumentos, mas só mais três são usados regularmente: a requinta em Mi b, mais aguda e de som penetrante; o soprano em lá, e o baixo em Sib, uma oitava abaixo do soprano.